sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Meus poemas




A guerra

Num campo de milho,

Vejo a guerra semeada.

Cada espiga erguida,

É o sepulcro de uma vítima baleada.

As lágrimas invertem-se em sangue,

Os corpos em cinza.

Já nada tem vida neste campo,

Apenas o sofrimento persiste na brisa.

Caroline Teixeira


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A Morte

O orvalho dos meus olhos,

Proclama-se num gemido.

Sinto um fogo dentro de mim,

Que me come dia após dia.

As chamas tomam posse

Do meu humilde corpo,

E minha alma indefesa,

Não pode impedir que ele esteja morto.

Meus braços, minhas pernas,

Já nada me serve para lutar.

A morte apoderou-se de mim,

E só me resta a terra para me abraçar.

Caroline Teixeira



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Apenas um sonho

Sempre tive um sonho,

O sonho de um livro escrever.

Mas um belo dia,

Acabou por desaparecer.

Ninguém acreditava em mim,

Então, também deixei de acreditar.

Foi mesmo apenas um sonho,

Que em belas noites pude sonhar.

Vi o meu mundo mágico,

À minha frente desvanecer.

Aquilo que em toda a minha vida sonhei,

Tinha acabado de morrer.

Via o reflexo do meu rosto,

Nas lágrimas que deixava cair.

Queria esconder-me do mundo,

Mas não tinha para onde ir.

Caroline Teixeira


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Desenhar

Desenhar…

Desenhar é aprender,

Desenhar é ensinar.

Desenhar é ter vontade de vencer

Mesmo quando o lápis está a acabar.

Desenhar…

Desenhar exige toda a concentração.

Desenhar é o espelho do nosso olhar.

Em que só entende o desenho,

Quem tem capacidade para imaginar.

Caroline Teixeira



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O Adeus

Partiste sem me dizer adeus,

Nem pude ver o teu último olhar.

A tua partida foi tão injusta,

Só me resta a vontade de chorar.

Deixaste um vazio no meu coração,

Que jamais será preenchido.

Nunca mais me esquecerei,

Dos momentos que passei contigo.

Recordo o teu sorriso,

O teu jeito meigo de falar.

Tenho saudades de tudo

Aquilo, com que me fizeste sonhar.

Sempre foste um grande amigo,

E com honra te quero recordar.

Estiveste aqui quando precisei,

E a teu lado vou sempre caminhar.

Caroline Teixeira


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Pesadelo

Deitada na cama estava,

Quando pela cabeça

Um pesadelo me passava.

Não queria acreditar,

No que estava a sonhar

E quando acordei,

Encontrei-me apenas a chorar.

A dor que nessa noite senti,

Foi mais forte do que

Aquilo que já vivi.

Um único e simples pensamento,

Levou-me ao terrível sofrimento.

Desde então,

Tento esquecer o que se passou.

Mas a partir desse dia,

Tudo mudou!

Caroline Teixeira



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São Martinho

Verde és ao nascer,

Com algo dentro para dar.

Tens picos para te proteger,

Dos que te querem cobiçar.

Ao amadurecer, castanha ficas.

E acabas por cair.

Quem te pega diz que picas,

Mas não se deixa iludir.

Levam-te para casa com cuidado,

Já com um objectivo no pensamento.

Dão-te um corte de lado,

E salgam-te com atrevimento.

Preparam a fogueira,

Onde vais ser assada.

Trazem o sumo da videira,

Para uma grande alvorada.

Caroline Teixeira




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2 comentários:

  1. Gostei mt do teu blog ...
    ta mt fixe ....
    adrei
    ...

    (^_^)

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  2. Ola
    Recebi a tua mensagem no Hi5 e vim logo ver sobre o que era o blog
    Esta lindo
    Continua assim
    Bjs
    Clau...

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